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It is complex to grow up, it is complex to become adult, it is a very costly journey. We are still in the month of my birthday and it feels like it has already been years. Reality oscillates between phases of great moods and enjoyment with my beloved (and my daughter) and bad, difficult days where things are irritating and unbearable, and clearly this has everything to do with my choices and behaviors. Not just because I find it ridiculous to blame the cosmos or just say that there are no reasons for things to happen, but because I understand that I am responsible for what happens to me (at least 90% of the time). Whenever I am on "free days" with my girlfriend I tend to want to extrapolate my time, and on top of that, alter my consciousness, which is the biggest problem for a person with bipolar/depression/anxiety. Even seeing the instability that this generated in me over time, I tended to repeat the acts simply because I thought it was fair to myself to give myself this pleasure of getting stoned, thinking that the cost would be low, ignoring all the times that this generated overwhelming emotional instabilities.
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Getting sober is a very specific journey, very complex for someone who like me matured using a huge range of psychoactive plants and substances, who loved flirting with the cosmos in all its varied possibilities. By the time I realized that sobriety had become more uncommon than altered consciousness it was late, I was already going through phases where every attempt to experience the "high" I fell into holes blacker than the pure vortex of death. And very important to say: even though I flirted with some addictions and dependencies, I am not talking about a substance per se, but about "novelty seeking", the constant desire for thrills and new sensations, a flirtation with the desperate desire to be brain-altered. This put me in a wild Russian roulette of substance seeking and testing myself in order to achieve something that was convenient for me and yet not harmful in relation to drug interactions (yes, paradoxical). This generated results that were always oscillating and paradoxical, between moments of travel and fun and moments of depression and regret (when not anxiety, panic and total demotivation), more and more as time went by my conscience screamed for the desire for sobriety: -Don't you see how you are in a paradoxical fight with yourself? What's the use of taking care of yourself with food and supplements, vitamins, when you are deteriorating your brain in intoxicating behaviors that literally generate neurological inflammation and cognitive atrophy? And deeper I screamed my primitive self, the real Thomas who knew who he once was and who he should be today. It cried out for help, and desire for lucidity. Open your eyes! Open your eyes! Open your eyes!
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Fortunately I have the most understanding person in the world by my side, who supports me in any wish I have, and only I know how lucky I am to have her. She has seen the best and the worst of me, and has accompanied me through most of these adventures. We are sure of what we want from our future, and we are together building that future, step by step, day by day, with desire and strength. Both of us have already needed to help each other, to calm each other down. We have both had bad phases and great phases. We have already collected quite a few good memories, and even though this topic is a big deal and has permeated part of the most recent memories of our days of love and peace, I know that in the sum total of the calculation we are far above small mundane nonsense and that she accompanies me on this journey in search of lucidity and peace, of reconstruction, of empowerment and aggrandizement of my (our being). I have been looking for the good things, the things that please me and less the things that are offered cheap and simple, I am re-learning what delights me and what makes me truly satisfied. Whether it's a sunset on the lawn, or a walk along the riverside, or a walk through the city, or pleasurable food, a powerful movie, a libertine sex session, a massage, a session of music playing together, a couple reading a book, energetic practices to clear the multiple vehicles of manifestation, or making an elaborate and satisfying lunch or dinner. Whatever I do with her will make me well, and that is what I need. To be well.
Thank you for reading.
<center>Thômas Blum</center>
*Português*
É complexo crescer, é complexo adultificar-se, é uma jornada bastante custosa. Ainda estamos no mês de meu aniversário e parece que já durou anos esse tempo. A realidade oscila entre fases de ótimo humor e aproveitamento com minha amada (e com minha filha) e dias ruins e difíceis onde as coisas são irritantes e intragáveis, e nitidamente isso tem tudo a ver com minhas escolhas e comportamentos. Não só por que acho ridículo culpar o cosmos ou só dizer que não existem motivos para as coisas acontecerem, mas por que eu entendo que sou responsável pelo que me ocorre (ao menos em 90% das vezes). Sempre que estou nos "dias livres" com minha namorada eu tendo a querer extrapolar meu tempo, e além de tudo, alterar minha consciência, que é o maior dos problemas para uma pessoa com bipolaridade/depressão/ansiedade. Mesmo vendo a instabilidade que isso me gerava ao longo do tempo, eu tendia a repetir os atos simplesmente por que achava justo a mim mesmo dar-se esse prazer de ficar chapado, achando que o custo seria baixo, ignorando todas as vezes que isso gerou instabilidades emocionais avassaladoras.
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Ficar sóbrio é uma jornada muito específica, muito complexa para alguém que como eu amadureceu utilizando de uma gama imensa de plantas psicoativas e substâncias, que amava flertar com o cosmos em todas as suas variadas possibilidades. Quando me dei conta de que a sobriedade tornara-se mais incomum que a alteração da consciência já era tarde, eu já estava passando por fases onde cada tentativa de experimentar o "high" eu caia em buracos mais negros que o puro vórtice da morte. E muito importante dizer: ainda que eu tenha flertado com alguns vícios e dependências, não estou falando de uma substância em si, e sim do "novelty seeking", do desejo constante por emoções e novas sensações, um flerte com o desesperado desejo por estar com o cérebro alterado. Isso colocava-me em uma roleta russa desenfreada de buscas por substância e testes comigo mesmo para alcançar algo que me fosse conveniente e ainda que não fizesse mal em relação com as interações medicamentosas (sim, paradoxal). Isso gerava resultados sempre oscilantes e paradoxais, entre momentos de viagem e diversão e momentos de depressão e arrependimento (quando não ansiedade, pânico e total desmotivação), cada vez mais com o passar do tempo mais alto minha consciência gritava pelo desejo de sobriedade: -Você não vê como está numa luta paradoxal com si mesmo? De que adianta se cuidar tanto na alimentação e em suplementos, vitaminas quando está deteriorando seu cérebro em comportamentos intoxicantes que geram literalmente inflamação neurológica e uma atrofia cognitiva??? E mais fundo gritava meu primitivo eu, o verdadeiro Thomas que sabia quem já foi e quem deveria ser hoje em dia. Gritava por ajuda, e desejo pela lucidez. Abra seus olhos! Abra seus olhos! Abra seus olhos!
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Felizmente eu tenho a pessoa mais compreensiva do mundo ao meu lado, que me apoia em qualquer desejo que eu tenha, e só eu sei a sorte de tê-la. Ela já viu meu melhor e meu pior e já me acompanhou em boa parte dessas aventuras. Nós temos certeza de o que queremos de nosso futuro, e estamos juntos construindo esse futuro, passo a passo, dia após dia, com desejo e força. Ambos já precisamos acudir-se, acalentar-se, acalmar-se. Ambos já tivemos fases péssimas e fases ótimas. Já colecionamos um tanto digno de boas memórias, e ainda que este tema seja um grande problema e tenha permeado parte das memórias mais recentes de nossas dias de amor e paz, eu sei que no total do cálculo estamos muito acima de pequenas bobagens mundanas e que ela me acompanha nessa jornada em busca da lucidez e da paz, da reconstrução, da potencialização e do engrandecimento do meu seu (do nosso ser). Eu tenho buscado as coisas boas, as coisas que me agradam e menos as que são oferecidas de forma barata e simples, estou re-aprendendo o que me deleita e o que me torna satisfeito de verdade. Seja um por do sol no gramado, seja um passeio na beira do rio, seja uma caminhada pela cidade, seja uma comida prazerosa, um filme poderoso, uma sessão de sexo libertino, uma massagem, uma sessão de música tocando juntos, uma leitura em dupla de um livro, práticas energéticas para limpar os múltiplos veículos de manifestação ou fazer um almoço ou jantar elaborado e satisfatório. Tudo que eu fizer com ela, me fará bem, e é isso que eu preciso. Ficar bem.
Obrigado pela leitura.
<center>Thômas Blum</center>
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