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I remember the hopes of a first-time parent thinking that my daughter would be free from the toxic and distorting influences of the world, industrialized products, and all that is unhealthy or unnatural for a true human being to live on earth. One by one these naive expectations fall away as the years of education and upbringing go by, and even though I do my best, the topics in total contradiction with my ideas that I have to face in terms of her "construction" as a person that I try to mediate and observe closely are not rare. And Coke is not a problem, chocolate is not a problem, you know what is a real problem? TikTok and everything it has built in our society! Ever since I understood the existence of this bizarre social network I didn't look kindly upon it, but when I realized that Youtube, Facebook and Instagram decided to copy the same formula, I realized that I would lose this fight before I even faced it.
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In this case I am talking about the struggle in making sure my daughter is not a user of this kind of social network that has an exorbitant amount of problems and condenses all the cognitive and social distortion into one place. TikTok and its adjacencies is like the purgatory of the internet. Could I be exaggerating? No, I don't think so. I have no problem with adults using tiktok and variants to spread their work or share content that can often be very useful, but the problem starts there. Nothing that is a few seconds (15? 30?) can be that important. The few seconds I tried to use this network gave me a nervous and an urgent desire to get out of it, because at the same time that it is extremely immersive in its model, it is completely filled with crap, and even what is not bad is too short to be useful, and this all speaking from the angle of an adult using it, but this post is about my daughter (and her children), immersed sometimes for hours on end in a network that encourages extremely banal content, short, stupid and worst of all: the distortion of self-image.
<center>https://images.ecency.com/DQmNcsyEPyB2hWM1zLfwBUJdGAKMCgtJA7LZtF8Jeb9E2LB/family_4510293_1920.jpg</center>*Source - Pixabay*
The advent of instragram/snapchat/tiktok filters and so on are the icing on the cake of the cognitive hell that these sick networks have become. Realizing that my seven-year-old daughter has a specific preference for an image filter that thins her nose, gives her more accentuated and contoured lips, brightly colored eyes, and eyebrows done almost every time, disturbs me greatly. Really. And not by chance this filter pattern is the general preference, at least in much of the world (I remembered strolling through Tinder once, when the app opened up space to chat with people from anywhere in the world, and realizing that among all the selfie cultures used on the app, Japan was an atrocity factory, the girls using filters so distorted from reality that it was almost impossible to understand the real face behind so many blatantly synthetic and digital layers of make-up and visual distortion involving eye size, mouths, skin color, and so on). Perhaps you are reading this and thinking: Why do you let your daughter use such apps if it bothers you so much? Well, I don't know how the world is there, but here, all kids have an easy and almost natural access to social networks nowadays, and to deprive her of being able to have a profile and share things with her friends is automatically depriving her of this inclusion in the physical society even, given that the two realities are still very close and bumping into each other. As an example of this, my daughter continues to play naive childish games and has all the traction that a good child has, but one moment or another her fun with her friend is exactly learning to perfection a certain choreography to film and post on the damn networks.
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I don't really know what to do with this situation, because the ban seems drastic. Honestly I just wish the short video social networks and this whole TikTok culture would be extinct, but surely it's a dead end and maybe the best I can do is to show her as the years go by that there are many ways to have fun, and that soon enough, in her youthful rebellion, the real counter-culture will be exactly taking a book in hand instead of a cell phone. But more urgent would certainly be to free oneself from the distorted impression of synthetic beauty offered by the filters of the cameras; nobody is a Disney princess in real life, and this needs to be understood. And you, have you had a similar experience? Do you have something to share on this subject? Thanks for reading and vote!
**<center>Thômas Blum</center>**
*Português*
Lembro-me das esperanças de um pai de primeira viagem achando que minha filha seria isenta das influências tóxicas e deturpadoras do mundo, dos produtos industrializados e de tudo que não é saudável ou natural para a vivência de um ser humano verdadeiro na terra. Uma a uma essas expectativas ingênuas vão caindo conforme os anos de educação e criação passam, e ainda que eu faça o melhor que sou capaz, não são raros os tópicos em plena contradição com meus ideias que preciso enfrentar em termos da "construção" dela como pessoa que eu tento mediar e observar de perto. E Coca Cola não é problema, chocolate não é problema, sabe o que é um problema real? O TikTok e tudo que ele construiu em nossa sociedade! Desde que eu compreendi a existência dessa rede social bizonha eu não a via com bons olhos, mas quando percebi que o Youtube, o Facebook e o Instagram resolveram copiar a mesma fórmula, eu percebi que eu perderia essa luta antes mesmo de enfrenta-la.
<center></center>*Source - Pixabay*
No caso eu estou falando da luta em fazer com que minha filha não seja uma usuária desse tipo de rede social que tem uma quantidade exorbitante de problemas e condensa toda a distorção cognitiva e social em um lugar só. O TikTok e seus adjacentes é como se fosse o purgatório da internet. Posso estar exagerando? Não, creio que não. Não tenho nenhum problema com adultos que utilizam o tiktok e variantes para divulgar seu trabalho ou compartilhar conteúdos que muitas vezes podem ser de grande utilidade, mas o problema começa por aí. Nada que seja de poucos segundos (15? 30?) pode ser tão importante. Os poucos segundos que tentei utilizar essa rede me deu um nervoso e um desejo de sair dela urgente, por que ao mesmo tempo que é extremamente imersivo em seu modelo, é completamente recheado de porcaria, e mesmo o que não é ruim é curto demais para ser útil, e isso tudo falando sob o ângulo de um adulto utilizando, mas esse post é sobre a minha filha (e os seus filhos), mergulhados as vezes por horas à fio em uma rede que incentiva o conteúdo extremamente banal, curto, estúpido e o pior de tudo: a distorção da auto-imagem.
<center></center>*Source - Pixabay*
A advento dos filtros de instragram/snapchat/tiktok e assim por diante são a cereja no bolo do inferno cognitivo que tornaram-se estas redes doentias. Ao perceber que minha filha de sete anos tem uma preferência específica por um filtro de imagem que afina seu nariz, lhe dá lábios mais acentuados e contornados, olhos de cor clara e brilhante e sobrancelhas feitas quase sempre, me perturba muito. Mesmo. E não por acaso esse padrão de filtro é a preferência geral, ao menos em boa parte do mundo (lembrei-me de passear pelo Tinder certa vez, quando o app abriu espaço para conversar com pessoas de qualquer parte do mundo, e perceber que dentre todas as culturas de selfie utilizadas no app, o Japão era uma fábrica de atrocidades, as garotas usavam filtros tão distorcidos da realidade que era praticamente impossível compreender o real rosto por detrás de tantas camadas descaradamente sintéticas e digitais de maquiagem e distorção visual envolvendo tamanho dos olhos, bocas, cor da pele, e assim por diante). Talvez você esteja lendo isso e pensando: Por que é que deixa sua filha usar tais aplicativos se isso te incomoda tanto? Bom, eu não sei como é o mundo aí, mas aqui, as crianças todas tem um acesso fácil e quase natural as redes sociais hoje em dia e privá-la de poder ter um perfil e compartilhar coisas com as amigas é automaticamente priva-la dessa inclusão na sociedade física mesmo, dado que as duas realidades seguem muito próximas e se esbarrando. A exemplo disso, minha filha segue brincando de brincadeiras infantis ingênuas e tem todo o traquejo que uma boa criança tem, mas momento ou outro a diversão dela com a amiga é exatamente aprenderem com perfeição determinada coreografia para filmar e postar nas malditas redes.
<center></center>*Source - Pixabay*
Eu não sei muito bem o que fazer com essa situação, por que a proibição parece drástica. Sinceramente eu apenas gostaria que as redes sociais de videos curtos e toda essa cultura de TikTok fossem extintas, mas certamente é um caminho sem volta e talvez o melhor que posso fazer é mostrar pra ela conforme os anos passam que existem muitas formas de se divertir, e que logo mais, em sua rebeldia jovem, a contra-cultura real vai ser exatamente pegar um livro em mãos ao invés de um celular. Mas mais urgente certamente seria a libertação dessa impressão deturpada da beleza sintética oferecida pelos filtros das câmeras, ninguém é uma princesa da Disney na vida real e isso precisa ser compreendido. E você, teve alguma experiência parecida? Tem algo para compartilhar sobre esse tema? Obrigado pela leitura e voto!
**<center>Thômas Blum**</center>
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