<center>*This publication was also writen in* **SPANISH** *and* **PORTUGUESE**.</center>

<center>![void01.jpg](https://files.peakd.com/file/peakd-hive/wiseagent/243BuFLQE6U83v8d8sSnkasgzgr9P3TENidRDCFCswzpCUTeJi96ByaEg6ozPrL9mFXNE.jpg)</center>

<center>[Yes Vedanta](https://www.yesvedanta.com/39-nothingness-emptiness-fallacy/)</center>

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In the midst of a true remodeling of global society, being a teacher here in Brazil has been a challenge that many people (some of them still at the beginning of their careers, in fact) are already abandoning. Earlier today I was talking to two friends who resigned from their respective jobs as teachers (Math and Chemistry) because they could not deal with the large number of students in their classes (an average of 55 students per class).

Everything they told me was nothing new (overcrowding, chaos, lack of attention) until the conversation reached a point that brought up something new: the existential void. At the beginning of their speech I had not yet understood the reasons behind this conclusion, but it did not take long for that to happen. According to them, students (the vast majority) are not “connected” to any meaningful activity (such as reading, writing or some more functional hobby).

At the same time, there are also more emotional issues, as if they had no meaning in their own lives. This lack of purpose becomes quite evident when the students themselves neglect any kind of help and even the teachers no longer know what to do to solve the problem (regarding this last aspect, I must point out that it was never the teacher's obligation to act in this field, although they can be the definitive “agent of action”).

<center>![void02.png](https://files.peakd.com/file/peakd-hive/wiseagent/23u6SJp298954qWtRGXJp7mUZbix8nEsqagwv89CQbkUYgv4y2MixF2rDjqCFArExohKp.png)</center>

<center>[Harvard Business Review](https://hbr.org/2021/05/the-u-s-education-system-isnt-giving-students-what-employers-need)</center>

Ironically, according to my friends, these students do not show any kind of anguish or dissatisfaction, which seems to me to be an even more worrying scenario, because it directly affects the lack of perspective on a future that for them is already non-existent, even if it has not yet - *in fact* - reached them. With a few exceptions, education is slowly being “decimated” by a new wave of students who are quite uncommitted.

This is a problem that, by the way, does not only affect students specifically, but also affects teachers (especially those who are part of the new generation). Since these new professionals understand that they have less voice and control within their own classrooms (something encouraged by the management of the owners of these schools, who view students only as clients who are “converted” into money every month), the future becomes even more obscure.

Two sides of the same coin, which are affected by the same evil, but which have completely different roots. This short text cannot cover everything that needs to be written, but as a former teacher, somehow, I still care about the future of education (because it will always be a very important “tool” in the development of any country), but I understand the frustration of my friends and the behavior of their students.

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<center>**El vacío existencial.**</center>

En medio de una verdadera remodelación de la sociedad global, ser docente aquí en Brasil ha sido un desafío que muchas personas (algunas de ellas, de hecho, aún al comienzo de sus carreras) ya están abandonando. Hoy temprano conversaba con dos amigos que renunciaron a sus respectivos trabajos como docentes (de Matemáticas y Química) porque no podían lidiar con la gran cantidad de estudiantes en sus clases (un promedio de 55 por clase).

Todo lo que me contaron no era nuevo (masa, caos, falta de atención) hasta que la conversación llegó a un punto que planteó algo nuevo: el vacío existencial. Al principio de su discurso, aún no entendía las razones de esta conclusión, pero no tardé en darme cuenta. Según ellos, los estudiantes (la gran mayoría) no están "conectados" a ninguna actividad significativa (como leer, escribir o algún pasatiempo más funcional).

Al mismo tiempo, también existen problemas más emocionales, como si no tuvieran sentido en sus propias vidas. Esta falta de propósito se hace bastante evidente cuando los propios estudiantes descuidan cualquier tipo de ayuda e incluso los profesores ya no saben qué hacer para resolver el problema (con respecto a este último aspecto, debo señalar que nunca fue obligación del profesor actuar en este campo, aunque sí pueden ser el "agente de acción" definitivo).

Irónicamente, según mis amigos, estos estudiantes no muestran ningún tipo de angustia o insatisfacción, lo que me parece un escenario aún más preocupante, porque esto incide directamente en la falta de perspectiva sobre un futuro que para ellos ya es inexistente, aunque no les haya - *de hecho* - llegado todavía. Salvo contadas excepciones, la educación está siendo lentamente "diezmada" por una nueva ola de estudiantes poco comprometidos.

Este es un problema que, por cierto, no solo afecta al alumnado, sino también al profesorado (sobre todo a la nueva generación). Dado que estos nuevos profesionales comprenden que tienen menos voz y control en sus aulas (algo fomentado por la gestión de los propietarios de estas escuelas, que ven a los alumnos solo como clientes que se "convierten" en dinero cada mes), el futuro se vuelve aún más incierto.

Dos caras de la misma moneda, afectadas por el mismo mal, pero con raíces completamente diferentes. Este breve texto no puede abarcar todo lo necesario, pero como exprofesor, de alguna manera todavía me preocupa el futuro de la educación (porque siempre será una herramienta muy importante para el desarrollo de cualquier país), aunque comprendo la frustración de mis amigos y el comportamiento de sus alumnos.

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<center>**O vazio existencial.**</center>

No meio de uma verdadeira remodelação na sociedade mundial, ser professor aqui no Brasil tem sido um desafio que muitas pessoas (algumas delas ainda em início de carreira, inclusive) já estão abandonando. Hoje mais cedo eu estive conversando com dois amigos que pediram demissão de seus respectivos empregos como professores (Matemática e Química) porque não conseguem lidar com a grande parte dos alunos de suas turmas (média de 55 alunos por turma).

Tudo o que eles me contaram não era nada de novo (superlotação, bagunça, desatenção) até que a conversa chegou em um ponto que trouxe algo novo: o vazio existencial. No começo da fala deles eu ainda não havia compreendido os motivos por trás dessa conclusão, mas não demorou muito até isso acontecer. Segundo eles, os alunos (em sua grande maioria) não estão “conectados” a nenhuma atividade significativa (como ler, escrever ou algum hobby mais funcional).

Em paralelo, há também as questões mais emocionais, como se eles não estivessem um significado em suas próprias vidas. Essa falta de propósito fica bastante evidente quando os próprios alunos negligenciam qualquer tipo de ajuda e até mesmo os professores já não sabem mais o que fazer para resolver o problema (quanto a este último aspecto devo pontuar que nunca foi uma obrigação do professor atuar nesse campo, embora possa ser “agente de ação” definitivo).

Ironicamente, ainda segundo os meus amigos, esses alunos não apresentam nenhum tipo de angústia ou insatisfação, o que me parece ser um cenário ainda mais preocupante, porque isso afeta diretamente a falta de perspectiva sobre um futuro que para eles já é inexistente, mesmo que ainda não tenha - *de fato* - chegado até eles. Salvo algumas dessas exceções, a educação está sendo lentamente “dizimada” por uma nova onda de alunos bastante descompromissados.

Esse é um problema que, aliás, não afeta apenas os alunos especificamente, mas também afeta os professores (em especial, aqueles que fazem parte da nova geração). Uma vez que esses novos profissionais entendem que tem menos voz e controle dentro de suas próprias salas de aula (algo fomentado pela gestão dos donos dessas escolas, visando os alunos apenas como clientes que são mensalmente “convertidos” em dinheiro), o futuro se torna ainda mais obscuro.

Dois lados de uma mesma moeda, que estão afetados pelo mesmo mal, mas que tem raízes totalmente distintas. Esse pequeno texto não consegue dar vazão a tudo o que precisa ser escrito, mas enquanto um ex-professor, de algum jeito eu ainda me importo com o futuro da educação (até porque essa sempre será uma “ferramenta” de muita importância no desenvolvimento de qualquer país), mas entendo a frustração dos meus amigos e o comportamento de seus alunos.

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